AFA Pharma

A cannabis tem uma longa história de uso medicinal, remontando a civilizações antigas como China, Egito e Grécia, onde era empregada por exemplo para tratar inflamações e dores.

No entanto, no início do século XX, a crescente pressão global para combater o uso de drogas resultou em uma regulamentação rigorosa, que restringiu o uso medicinal da cannabis e limitou os esforços de pesquisa.

Esse cenário começou a mudar com o isolamento do canabidiol (CBD) e do tetrahidrocanabinol (THC) na década de 1960 e a descoberta do sistema endocanabinoide na década de 1990.

Esses avanços científicos reavivaram o interesse na pesquisa sobre as propriedades terapêuticas da cannabis, levando a um novo entendimento sobre seus benefícios medicinais.

História e Marcos

100 d.C.: O médico grego Pedanios Dioscorides documenta o uso medicinal da cannabis.

1800s: O médico irlandês William Brooke O’Shaughnessy publica um dos primeiros estudos modernos defendendo o uso medicinal da cannabis.

1930s: Sob a liderança de Harry J. Anslinger, Comissário de Narcóticos dos EUA, a cannabis passa a ser fortemente regulamentada, resultando em restrições globais ao seu uso medicinal.

1940s: O químico americano Roger Adams isola (sem determinar a estrutura química) com sucesso o canabidiol (CBD), um dos principais compostos da cannabis.

1960s: O químico búlgaro Prof. Dr. Raphael Mechoulam que trabalhava na Universidade de Telaviv isola e determina as estrutras químicas do CBD e do THC , principais compostos bioativos da cannabis.

1970s: O médico brasileiro Prof. Dr. Elisaldo Carlini da Universidade Federal de São Paulo, em parceria com o Prof. Mechoulam, realiza os primeiros estudos comprovando o potencial do CBD na epilepsia.

1990s: A descoberta do sistema endocanabinoide no cérebro humano abre caminho para uma nova era de pesquisa sobre os benefícios terapêuticos da cannabis.

Avanços Científicos

O Grupo AFA está na linha de frente da pesquisa científica em cannabis medicinal, colaborando ativamente em estudos observacionais e de casos.

Esses estudos são conduzidos em parceria com a UNESP—Universidade Estadual Paulista, reconhecida internacionalmente por sua excelência acadêmica e científica.

O envolvimento da UNESP traz ao Grupo AFA um diferencial significativo, com acesso direto a um time de pesquisadores renomados, incluindo pós-doutores e especialistas em Farmacognosia e Química de Produtos Naturais.

Essa parceria não só fortalece nossa capacidade de inovação, mas também nos permite desenvolver novos cultivares que atendem às exigências em constante evolução do mercado.

Ao integrar a expertise científica da UNESP, o Grupo AFA se mantém na vanguarda das descobertas e avanços que estão redefinindo o futuro da cannabis medicinal

Cannabis Medicinal como Opção Terapêutica

Nos últimos anos, o interesse pela cannabis medicinal foi revitalizado, impulsionado pela recente descoberta do sistema endocanabinoide, e tratamentos eficazes em casos clínicos em que outras abordagens não surtem tanto efeito, surgindo assim a necessidade de atualizar e expandir o conhecimento histórico sobre suas propriedades terapêuticas.

A cannabis medicinal como opção terapêutica contempla uma ampla gama de produtos eabordagens clínicas, com diferentes propriedades que ampliam seus potenciais usos e tratamentos, muitos deles ainda inexplorados, sendo considerada a grande inovação em saúde do século XXI.

Estudar as diferentes possibilidades de composição química da cannabis é essencial para compreender plenamente seu potencial terapêutico.

Com a mudança na percepção pública e científica sobre a cannabis, o número de publicações científicas sobre o tema cresceu exponencialmente.

Em 2015, havia cerca de 1.600 publicações; em 2020, esse número subiu para 2.300, refletindo uma tendência crescente na pesquisa sobre os benefícios e aplicações da cannabis medicinal.

A cannabis medicinal tem se mostrado eficaz no tratamento de uma variedade de condições, especialmente em casos onde os pacientes não obtiveram alívio suficiente com medicamentos convencionais ou enfrentaram efeitos adversos severos.

No entanto, ela não deve ser vista apenas como um medicamento de "último recurso”.

Estudos indicam evidências promissoras de sua eficácia no tratamento de várias doenças, destacando seu papel como uma opção terapêutica valiosa.

Em geral, a pesquisa sugere que a cannabis medicinal não cura doenças, mas pode aliviar sintomas ou retardar a progressão de determinadas condições, resultando em uma melhora significativa na qualidade de vida dos pacientes.